Publicado em 10/01/2024 |
O observatório europeu Copernicus lançou um relatório revelador nesta terça-feira (09), indicando que o ano de 2023 se destacou como o ano mais quente dos últimos mil séculos. As análises apontam para um aumento notável de 1,48ºC na temperatura global em comparação com a era pré-industrial, superando o recorde anterior de 2016 por 0,17°C.
Pela primeira vez na história, todos os dias do ano mantiveram uma média de 1°C acima dos níveis pré-industriais. Em meados de 2023, os termômetros ultrapassaram a marca de 1,5°C, atingindo uma notável elevação de 2°C em dois dias de novembro.
A fundamentação dessas análises está na paleoclimatologia, uma ciência que utiliza métodos avançados para estimar as temperaturas em períodos passados, simulando o comportamento atmosférico.
Além do impacto do fenômeno El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico, o relatório destaca que as emissões contínuas de gases de efeito estufa são as principais culpadas pelo calor extremo. As concentrações de CO2 na atmosfera atingiram níveis alarmantes em 2023, registrando 419 partes por milhão (ppm), enquanto o metano alcançou 1.902 partes por bilhão (ppb), ambos em recordes. Em comparação com 2022, houve um aumento de 2,4 ppm de dióxido de carbono e 11 ppb de metano.
O contexto global do aumento das temperaturas foi intensificado durante a COP 28, em Dubai, onde 118 países, incluindo o Brasil, comprometeram-se a triplicar suas capacidades de energias renováveis até 2030. Este compromisso histórico busca elevar a capacidade de 3.400 GW para 11.000 GW. Simultaneamente, outras 20 nações prometeram fazer o mesmo com a energia nuclear até 2050.
Liderado por potências como a União Europeia, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos, este movimento global foi aderido por nações como Austrália, Japão, Canadá, Chile e Nigéria. Em uma análise do Boston Consulting Group (BCG), estima-se que mais de US$ 3,5 trilhões serão necessários em investimentos até 2050 para impulsionar tecnologias que acelerem a descarbonização, reduzindo assim as emissões de carbono e mitigando os impactos das mudanças climáticas.
Fonte: https://canalsolar.com.br/relatorio-2023-foi-o-ano-mais-quente-dos-ultimos-mil-seculos/
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